Mais uma vez não sei o que sou nem o que sinto
Não sei se sou título ou ponto final
Se sou o começo do bem ou a chegada do mal
Não sei se sou capa ou conteúdo
Nem se sou espada ou escudo
Se sinto medo ou sou razão
Um caminho tranquilo ou uma estrada de chão
Não sei se sou cuspe ou saliva
Não sinto sede nem nada, nem vida
Muito menos sei se sou romantico ou pré-modernista
Talvez nem tenha uma estética definida
Se fui feito pra amar ou pra fingir que amo"Mentir, chorar, mentir? Meu Deus?" clamo
Nem sei o que sou, nem se existo de verdade
E se não existir?
A dor ja não existiria e a dúvida não seria realidade
Essa dor que aqui exprimo por meio de palavras
Não segue regras nem olha para os lados
Só quer sair ou ser aliviada
Não quero guardar pra mim alguma coisa que posso dividir
Não quero escrever o que não existe aqui
Só quero tentar manter os pés no chão
Tentar erguer a cabeça sempre e seguir
Ps.: Agradeço aos poucos que ainda leem este blog. Por mais que as vezes eu pareça muito sentimentalista e melancólico, o que não sou na vida além-blog, aqui é o lugar onde eu despejo tudo o que meu subconsciente não me deixa por pra fora olho a olho. Não que eu não seja eu de verdade fora daqui, eu só acho mais fácil escrever do que falar alguma coisa pra alguém que não vai dar o mínimo valor ao que se fala. Eu tenho tanta coisa pra escrever, mas as vezes a caneta me sensura, o que é uma pena, mas um dia ela ainda faz vista grossa e me deixa colocar umas palavrinhas a mais por aí.