domingo

Por que eu temo tanto isso?
Quero conseguir seguir sem ter medo
Abraçar e não pensar no que vem depois
Aprender com cada um dos meus e os de cada um
Medos, erros, cortes
Reviver cada um se for preciso
E não gastar as minhas energias sofrendo por causa deles

Não quero ter que fingir que odeio pessoas
Goste de vez ou odeie
Quero poder me entregar de verdade
Mesmo que me custe caro depois
Mas que passe... e cicatrize

Eu beijo de verdade, mas não falo claro
Falasse se tras frente de para claro seria
Não vou precisar de algo que me faça parecer fora da realidade para falar o que é real.

sexta-feira

Passei quase 1 hora e meia em pé num banco esperando a minha maldita senha de número quartorze ser berrada pela atendende. Depois de algum tempo observando o comportamento dos animais de mesma espécie que eu, um sentimento terrivel e ao mesmo tempo relaxante me veio. Primeiro entrou uma moça loira e com uma enorme bunda. Sentou sua enorme bunda numa cadeira distante de mim e lá ficou por um tempo. Passados uns dez minutos a moça e sua enorma bunda andaram em direção à saida... enquanto isso os machos olhavam, cossavam os sacos e comiam a moça com os olhos. Quando o ultimo pedaço da enorme poupança sumiu de vista, como se chamados pelo instinto e sabendo que os outros (literalmente machos e nada mais, com direito a calças e cabelos ridiculos e tudo mais que existe no mundinho deles) também estavam gozando, dentro de suas mentes, no estreito orificio entre as pernas na donzela, viraram-se uns para os outros e começaram a comentar, como se ninguém mais estivesse ouvindo, sobre o enorme pedaço de carne e gordura grudado na parte traseira da moça. Ainda bem que eu estava distante e não consegui ouvir. Sei que depois disso, eu, que ja estava com uma cara de pouquíssimos amigos piorei ainda mais.
Voltando a falar do sentimento que me possuiu e continua dentro de mim nesse mesmíssimo instante, ele tomou conta. Depois que as conversinhas em torno da bunda cessaram, passei a imaginar todas as maneiras de matar aqueles caras - todas as em que eles sofreriam muito, é claro. Amarrar e cortar os dedos - falange por falange -, cortar o pau bem devagar, arrancar os testiculos, etc. Foram tantos modos e pude ver a cara de sofrimento de cada um. O gordo cabeludo então foi o meu preferido. Adorei matar ele várias vezes. Tanto sangue... tantos gritos. Depois disso comecei a me imaginar matando todo mundo que estava ao meu redor e isso me relaxou. Imaginei cada um sendo espancado e torturado das mais violentas e dolorosas formas. O tempo passou tão rápido que o que eu achei que fosse demorar um século acabou num minuto. 9, 10, 11, 12, 13 e então era a minha vez. Olhei para a atendente e no mesmo instante a imaginei amarrada e sendo torturada. Que terrível.
A moça da bunda ja tinha ido embora, os machos ridículos e desprezíveis perderam sua vez falando sobre a bunda e eu, que os tinha matado em minha mente milhares de vezes e de n formas diferentes, passei na frente e fiz o que tinha que fazer. Eu e a minha enorme cara de psicopata (isso tava tão grave que um gentil moço sentado numa cadeira distante olhou para mim, forçou um sorriso e se escondeu com medo) . Entediado e morrendo de vontade de ficar mais um pouco alí, imaginando e me libertando.