sexta-feira

Quase sempre

Andando pelas ruas nunca se sabe em quem confiar
Pensando só, chutando pedras
Fugindo do que eu sei que existe em mim
Sem saber que fugir não leva nada a lugar algum

Me diz por onde deixar correr
Isso que me sufoca a cada manhã
E não, que não tenha falhas
Se não sair
Talvez não veja o sol nascer
Mas...

Às vezes sinto como se nada mais
Pudesse passar por mim e não levar um pedaço da minha alma
Que já não se sabe em qual parte se dissipou
E o caminho é longo

De repente tudo explode
E nada fica como antes
E o que não era nada, nada não é
Quando os olhos fecham
Nunca fica escuro
Qualquer coisa pode ser tudo
O que importa quase sempre não é

Nenhum comentário: