sexta-feira

Passei quase 1 hora e meia em pé num banco esperando a minha maldita senha de número quartorze ser berrada pela atendende. Depois de algum tempo observando o comportamento dos animais de mesma espécie que eu, um sentimento terrivel e ao mesmo tempo relaxante me veio. Primeiro entrou uma moça loira e com uma enorme bunda. Sentou sua enorme bunda numa cadeira distante de mim e lá ficou por um tempo. Passados uns dez minutos a moça e sua enorma bunda andaram em direção à saida... enquanto isso os machos olhavam, cossavam os sacos e comiam a moça com os olhos. Quando o ultimo pedaço da enorme poupança sumiu de vista, como se chamados pelo instinto e sabendo que os outros (literalmente machos e nada mais, com direito a calças e cabelos ridiculos e tudo mais que existe no mundinho deles) também estavam gozando, dentro de suas mentes, no estreito orificio entre as pernas na donzela, viraram-se uns para os outros e começaram a comentar, como se ninguém mais estivesse ouvindo, sobre o enorme pedaço de carne e gordura grudado na parte traseira da moça. Ainda bem que eu estava distante e não consegui ouvir. Sei que depois disso, eu, que ja estava com uma cara de pouquíssimos amigos piorei ainda mais.
Voltando a falar do sentimento que me possuiu e continua dentro de mim nesse mesmíssimo instante, ele tomou conta. Depois que as conversinhas em torno da bunda cessaram, passei a imaginar todas as maneiras de matar aqueles caras - todas as em que eles sofreriam muito, é claro. Amarrar e cortar os dedos - falange por falange -, cortar o pau bem devagar, arrancar os testiculos, etc. Foram tantos modos e pude ver a cara de sofrimento de cada um. O gordo cabeludo então foi o meu preferido. Adorei matar ele várias vezes. Tanto sangue... tantos gritos. Depois disso comecei a me imaginar matando todo mundo que estava ao meu redor e isso me relaxou. Imaginei cada um sendo espancado e torturado das mais violentas e dolorosas formas. O tempo passou tão rápido que o que eu achei que fosse demorar um século acabou num minuto. 9, 10, 11, 12, 13 e então era a minha vez. Olhei para a atendente e no mesmo instante a imaginei amarrada e sendo torturada. Que terrível.
A moça da bunda ja tinha ido embora, os machos ridículos e desprezíveis perderam sua vez falando sobre a bunda e eu, que os tinha matado em minha mente milhares de vezes e de n formas diferentes, passei na frente e fiz o que tinha que fazer. Eu e a minha enorme cara de psicopata (isso tava tão grave que um gentil moço sentado numa cadeira distante olhou para mim, forçou um sorriso e se escondeu com medo) . Entediado e morrendo de vontade de ficar mais um pouco alí, imaginando e me libertando.

2 comentários:

Rafael Mussolini Silvestre disse...

Isso é o que eu costumo chamar de animais no cio ... XD

Jéssica disse...

ehuhauhuea, gostei da sua maneira de relaxar na fila do banco
e gostei de seus outros textos também