terça-feira

- Pétala -

Abra os olhos e veja
O reflexo janela
Não importa o que seja
Se é cinza ou se é vela

A luz não ilumina
O frio, humidade, escuridão
O seu caminho, sua sina
A cada passo, de cansada vai ao chão

O som do frio tocando a superfície
O medo do quente dando as costas
O medo é de quem? Quem disse?
Ele é o personagem, principal da história

Bate à porta
Não se sabe quem é
Não arrisca, não petisca
Não dá a mão, nem o pé

Pela janela com marcas do tempo
Ainda se vê um pedaço de felicidade
As famílias levadas com o vento
As vidas levadas, sem liberdade

E nessa prisão de pedra e madeira
Não se pode sair, nem voltar
Só o que lhe resta é a certeza
De que a morte ainda irá o encontrar

2 comentários:

Anônimo disse...

"O som do frio tocando a superfície
O medo do quente dando as costas(...)"
Sou fascinado por esse tipo de jogo de palavras. Seus escritos estão cada dia melhores.
XD

André disse...

Belo texto, parabéns!
E o layout do blog também tá bacana...

http://anddreoliveira.blogspot.com/